O objetivo do blog é trocar experiências, idéias, orientar os estudos e a interpretação e identificação das diferentes patologias cardíacas que podem ser identificadas pelo ECG. Será sempre bem-vindo o envio de traçados através do e-mail: blogdoecg@yahoo.com.br para que possam ser postados no blog para serem discutidos e analisados por todos! Divulguem o blog para que todos possam dar a sua contribuição. Espero que gostem! Dr.Bruno Emanuel Carvalho Oliveira
sábado, 19 de junho de 2010
TAQUICARDIAS POR REENTRADA NODAL ATRIOVENTRICULAR (TRAV)
TAQUICARDIA POR REENTRADA ATRIOVENTRICULAR
É a segunda causa mais freqüente de taquicardia paroxística supraventricular (30%) e a mais comum em unidades de emergência, devido à maior refratariedade ao tratamento clínico. Como na forma anterior, os pacientes geralmente não têm cardiopatia.
As crises são precipitadas sem causa aparente ou então secundárias à ingestão abusiva de álcool, café, consumo de cigarro, estresse emocional e físico ou distúrbios endócrinos, como o hipertireoidismo.
No circuito desta arritmia, há uma via acessória (feixe de Kent), localizada no anel atrioventricular à direita ou à esquerda, que apresenta condução retrógrada exclusiva. Os episódios são desencadeados por um batimento prematuro, de origem ventricular (menos freqüentemente, atrial), que bloqueia no sistema elétrico normal e é conduzido retrogradamente aos átrios pela via acessória, retornando aos ventrículos; a partir daí alcança a extremidade distal da via acessória e retorna novamente aos átrios, estabelecendo-se, assim, o circuito da taquicardia. Portanto, há reentrada atrioventricular (movimento circular), onde partes do tecido atrial e da musculatura ventricular, onde se localiza a via acessória, são integrantes obrigatórias do circuito
Critérios diagnósticos:
• QRS estreito.
• RP’ < P’R.
• RP’ > 80 ms.
• P’ mais afastada do QRS.
• RR constante.
• Freqüência atrial e ventricular elevadas.
TIPO ORTODRÔMICA: O estímulo atrial alcança os ventrículos pela via nodal-AV e reentra nos átrios pela via anômala. É a forma de arritmia mais freqüente e traduz-se no ECG por complexos QRS estreitos com onda T normal e onda P retrógrada após o QRS.
TIPO ANTIDRÔMICA: O estímulo atrial alcança os ventrículos pela via acessória e reentra nos átrios pela via nodal-AV. Os complexos QRS são largos com onda T alterada. Nesta circustância cabe o diagnóstico diferencial entre taquicardia supraventricular com QRS largo e taquicardia ventricular.
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