sábado, 19 de junho de 2010

TAQUICARDIAS POR REENTRADA NODAL (TRN)



TAQUICARDIA POR REENTRADA NODAL

É uma taquicardia comum correspondendo a aproximadamente 60% dos casos atendidos em ambulatório. Na maioria das vezes ocorre em indivíduos não cardiopatas, predominando em mulheres na fase adulta, menos comum em crianças.

Origina-se na junção atrioventricular, numa região que apresenta duas vias com propriedades eletrofisiológicas distintas: via alfa, com período refratário efetivo curto e velocidade de condução lenta; via beta, com período refratário efetivo longo e velocidade de condução rápida.

O desencadeamento da taquicardia ocorre após uma extra-sístole atrial que é bloqueada na via beta e conduzida lentamente pela via alfa. Quando passa pela região mais distal do nódulo, pode retornar em direção aos átrios, através da via beta. Se na região proximal da junção átrio-nodal a via alfa estiver apta a conduzir novamente no sentido anterógrado, o circuito para a taquicardia se completa (movimento circular intranodal)

A taquicardia tem início e término súbitos (forma paroxística), com duração variável (segundos a horas). Durante o episódio, os pacientes podem referir palpitações, no pescoço ou fúrcula (sinal do sapo, característico desse tipo de taquicardia), falta de ar, tonturas, ansiedade, dor no peito. Menos frequëntemente pode se manifestar com síncope, na dependência da freqüência e duração da taquicardia.

Critérios diagnósticos:

• QRS estreito.
• RP’ < P’R.
• RP’ < 80 ms.
• P’ muito próxima do QRS.
• RR constante.
• Freqüência atrial e ventricular elevadas.
• Onda S arrastada.

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